Confesso não entender a lógica do Ministro Gilmar Mendes. Se fosse comigo, ao perceber ou receber qualquer relato de que meus telefones estão (estavam) grampeados, cercaria-me de todas as medidas possíveis para evitar que minhas conversas fossem detectadas ou ouvidas por estranhos. Na mesma ação, evitaria qualquer conversa com confidencialidade. Já faz tempo que o Ministro foi capa da Veja por grampos. Esta semana voltou a ser capa. E é sempre capa com grampos e alardeando estar sendo vítima de uma verdadeira operação persecutória da polícia federal, da Abin e de setores policialescos do Estado. Hum.... desconfio de vítimas quando a vítima é Presidente de um Tribunal Superior, figura de alto status e alardeia os problemas a um determinado veículo midiático, antes de tomar as medidas institucionais de praxe (usando o popular, é difícil acreditar em vitimização quando a vítima está por cima da carne seca). De outro lado, somente um trouxa para acreditar numa reportagem que conta com os seguintes ingredientes:
- a fonte da reportagem é um suposto agente da Abin (está falando por qual razão? ressentido? inveja? como sabe de uma operação que deve ser ultra-secreta? furou os olhos dos colegas?);
- a conversa grampeada é tchan, tchan, com o líder da oposição no Senado que, sempre, usa as matérias da revista para insuflar fatos contra o governo (o Senador Demóstenes, como de praxe, pretende instalar uma cpi em função da matéria da Veja);
- e, vamos à real, por qual motivo a Abin desperdiça o precioso tempo e os escassos agentes para ouvir conversas de um Ministro do STF que se notabiliza pela vulgaridade de escancarar obviedades e vazios jurídicos, tal qual um artistas pop decadente que utiliza do escândalo para melhorar a exposição, sem nenhuma indicação concreta da razão da escuta?
- olha bem, o Ministro se diz espionado-escutado há mais de um ano e, os agentes da Abin, mesmo assim, continuam se expondo à luz do sol da escuta (mas que agentes idiotas são esses?).
Havia um tempo em que as revistas semanais se pretendiam fontes de informação. Hoje, tornaram-se versões impressas do jornalismo Aqui, agora, um escândalo em cada linha.
6 comentários:
E o Dallari já alertava o perigo que seria se esse gilmarzinho fosse eleito. E ainda tem gente que acredita em neutralidade axiológica do juiz. PUFFFFF.
è necessário ver os ataques que ojornalsita luis nassif vem fazendo a revista veja pela sua utilização de dossiês produzidos por lobistas de empresas que tem o intuito de conseguir benefícios para as tais, luis nassif diz que diogo mainardi é uma invenção da revista para atacar o presidente lula por uma briga política entre a revista e o próprio. luiss nassif fala com muita propriedade é é um jornalista economico rspeitadissimo, para mais informações sugiro que entrem no blog do luis nassif.
Nos anos 80 Eurípides(revista veja) se destacara pela maior barriga da imprensa brasileira na década: o caso do “boimate” – um trote de 1o de abril da revista New Science, falando em cruzamento de boi com tomate na Universidade Hamburger, pelo Dr. McDonalds.
A matéria foi publicada em 27 de abril de 1983 como se fosse verdadeira .Esta esta no blog do luis nassif.
Em 5 de outubro de 2005, após ter se recusado a dar uma entrevista exclusiva a Veja, a revista soltou uma matéria contra Maria Rita, tratando-a como “a filha de Elis”, sem mencionar seu nome, e acusando-a de dar um “mensalinho” para a imprensa: “Gravadora presenteia jornalistas com iPods. E eles agradecem falando bem da cantora”. Aproveitavam para começar a exercitar ataques contra colegas (clique aqui)
Nem se preocuparam em ouvir os acusados. Mesmo tendo um deles, Luiz Antonio Giron, enviado carta antes de a matéria ter sido publicada, informando que havia recusado o presente. Essa agressividade se repetiria contra José Miguel Wisnik, Marcelo Tas e um sem-número de artistas e intelectuais.
Por luis nassif
Uma característica do jornalismo de Veja é que todas as matérias passam pelo diretor ou diretor adjunto. A imagem do “prego arranhando vinil” é antiga na revista, e serve para identificar os “cacos” que são plantados em reportagens por diretores pouco sutis. Em linguagem não jornalística, "cacos" são as modificações introduzidas no texto da reportagem original.
Isto aconteceu provavelmente no caso da Maria rita, este é o nome dela, revista veja.
http://luis.nassif.googlepages.com/casofemsa
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