Não sou fã do Dunga. A repulsa que sinto ao processo de fritura-queima-degola do treinador é que move as linhas que redijo. Afirmo que não há, até o momento, elemento objetivo para julgar a campanha-direção de Dunga como fracassada:
- a seleção é campeã da Copa América (arrancado o ouro à Argentina, ora bolas);
- é bronze na olímpiada (a melhor colocação desde Atlanta, 1996);
- Dunga comandou 40 pelejas, venceu 27, empatou seis (desempenho para lá de razoável).
Se perder para o Chile, no estádio Nacional, e uma derrota para o Chile, no Chile, não é nada de anormal, quererão a sua cabeça. De qualquer maneira, será o mote para investir Luxemburgo (o sonho dos analfabetos do futebol).
Se ganhar, quem o xingava, ficará quietinho como se nada tivesse acontecido.
Como relembrar é viver, veio à tona a campanha de Felipão, pré-Japão, 2002. E lá vinha uma rodada e o técnico era ameaçado de degola. Classificado à Copa, começou uma nojenta campanha para que ele escalasse Romário (hum, muito parecida com a campanha pró Luxemburgo, de hoje). Começou a Copa, no primeiro e difícil jogo contra a Turquia (um futebol ascendente na Europa) houve quem dissesse que a seleção não passaria da primeira fase. Quando tudo acabou, o Brasil foi penta, a média de gols foi a melhor desde a seleção de 82 (ué, mas Felipão não era retranqueiro???!!).
Um comentário:
Dunga, não. Engraçado como temos que nos lembrar das pessoas quando são colocadas à prova. Lembremos do Zagalo quando do famoso "vão ter que me engolir" ou ontem mesmo, após a vitória, da inscrição simplesmente ridícula feita pelo candidato à Pelé: Robinho. A simples inscrição pedindo respeita à melhor seleção do mundo já é um ato de descontrole da comissão técnica, se não é, por si só, o pensamento do técnico. Vejo apenas convocações interesseiras sendo realizadas e uma trupe sem os "pés no chão", com raríssimas reservas a alguns jogadores.
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