segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quem é o professor de Deus?

Nos hábitos bem se nota que imagina ter nascido para ser o melhor. Escolheu carreira e amizades com o intuito de louvação a si mesmo e de endeusamento pelos próximos medíocres. Assume, por vezes, o ar simulado de simplicidade quando, na verdade, quer no próximo passo, assumir a posição do interlocutor. Mal resolvido, implica com todos que não sejam os seus sabujos. Como jamais erra, toda vez que se defronta com adversidades, imagina ser vítima de complôs ou artimanhas. Lê o que lhe parece afortunado quando, na verdade, lembra um personagem de Lima Barreto na Bruzundanga com falsa literatura e a elegia ao dogmatismo (que ele ainda não compreendeu o que é).
Os professores de Deus são figuras frequentes na academia.
Como identificá-los:
1. Julgam possuir qualidades físicas e de beleza que são insuperáveis;
2. Repetem sem criatividade os materiais obtidos em outros lugares, e, logo depois, apresentam aos outros como se fosse escolha ou criação sua;
3. Desconsideram toda e qualquer produção ou obra de pessoas com quem tenha convivência (esta característica se explica pela necessidade de preservação, não suportar qualquer outra pessoa que possa oferecer algo melhor que ele - ele é o melhor);
4. Gostam de alardeio, propagar feitos invencíveis, conquistas inéditas que, quando analisadas com detido cuidado, nunca ocorreram daquela maneira;
5. Tratar os alunos como pasto, para pisar e contemplar, depois de defecar por cima;
6. Apegam-se ferrenhamente aos lugares-comuns embora os apresentem como o suprassumo da sabedoria;
7. Falam sobre qualquer coisa (mesmo sem saber do que estão falando) e julgam que a sua opinião é irrefutável;
8. São paladinos da moralidade, cuidando da preservação do que eles julgam visão de moralidade e probidade (embora deslizes éticos sejam comuns);
9. Nunca erram. Se houve erro, foi conspiração dos outros; se não foi conspiração, o erro foi uma virtude.

Você conhece algum?

2 comentários:

José disse...
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Omintolá disse...
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