quinta-feira, 28 de maio de 2009

O emburrecimento nosso de cada dia...

No momento, o MEC deita esforços em melhorar o processo de acesso às universidades. A explicação é que as rotineiras provas do exame vestibular medem pouco do raciocínio, exigem pouco da capacidade crítica e acabam privilegiando memorizações inconsistentes de fórmulas rasteiras. Diga-se de passagem, já há algum tempo comissões de vestibulares, em vários lugares, esforçam-se na melhora da formulação de provas. Bom, se isto ocorrre nesta forma de admissão ao serviço público, relato o que vi na segunda-feira desta semana. Chegou às minhas mãos a prova de concurso público para cargos do Ministério da Fazenda. A única adjetivação possível é GROTESCO. Qustões absolutamente inconsistentes, prenhes de vagueza e ambiguidade, com trocas infames de enunciados com o objetivo de verificar quem melhor decora o texto normativo. É um absurdo o que ocorre. Analisei as questões de direito constitucional e afirmo que a prova toda é rídicula, não medindo nada de esforço interpretativo, argumentativo e articulação lógica das idéias. No momento em que se discute a melhoria dos serviços públicos - e dos servidores - manter este nível de seleção é atentar contra o bem da Administração, é esforçar-se por selecionar gente sem criatividade, afeita às rotinas sem inovação.

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