Por ser o lugar de frequentadores de alta estirpe, a começar pelo Gestor-kemosabe Eduardo, e o Mano Diego, a Kibelândia ocupa o posto destaque de boteco no centro de Floripa. O desleixado atendimento, horas na espera do garçom, só faz aumentar o carimbo de autêntico boteco (onde já se viu boteco com atendimento que se preze...). A Kibelândia não está incluída no roteiro GRANDEMUNDOAFETAÇÃOCARASATORESGLOBAISCOLUNASOCIAL de Floripa, longe disso. É frequentada por verdadeiros florianopolitanos, por isso mesmo está no centro da cidade e não nas areias das praias. O casario é velho, como velho é o centro da cidade. O quibe, após angustiante espera pela boa vontade da cozinha-garçom, chega redondo, roliço, à média entre trigo e carne, para ser devorado, com ou sem chope (que também não é dos mais gelados). A combinação do Eduardo merece considerações à parte: combina quibe com gim!!
O horário ideal é o final da tarde, naquilo que se convencionou chamar de happy hour e que, na verdade, sempre foi, no Brasil, a hora de ir ao buteco (antes de inventarem anglicismos pernósticos).
Não recomendo outras ousadias do cardápio. Fiquemos com o quibe. Além disso, conta e risco do pedinte.
Vá à Kibelândia para saber como é a Florianópolis de verdade e não aquela dos contos, da Jurerê afetada, dos roteiros pastelões e pasteurizados Joaquina-Lagoa. Floripa de verdade estará lá, com toda a leva de gente dos servidores públicos, dos desocupados, dos gaúchos mudados e abrigados em Floripa, das fofocas, do desprezo pela moda de verão, das disputas entre Avaí e Figueira.
2 comentários:
E cuidado para nao comer ovo como kibe...para quem sabe da história das moscas....eca!!
Kibe com Gim ou Gim com Kibe, hahaha...
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